terça-feira, agosto 16, 2011

Coisas da realidade

Um tipo às vezes lembra-se que filosofia também é modo de vida e pára um pouco para meditar. Vem isto a propósito de uma conversa sobre realidades complexas, ou aquelas que julgamos menos simples que as outras, porque todas são simples até esbarrarem de frente contra a nossa cabeça. Ou nós esbarrarmos contra elas, o que em termos de efeito prático vai dar essencialmente ao mesmo. Parece-me fácil de perceber: quando a realidade nos mostra caminhos sinuosos, das duas uma, ou a ignoramos e seguimos a nossa vidinha ou a enfrentamos com pragmatismo e frieza. A única diferença é que no primeiro caso, ela mais tarde ou mais cedo vai acabará por esbarrar na mesma nos nossos narizes, só que com mais intensidade. Por isso mais vale tomá-la em conta enquanto é tempo. 

Não espero demasiado da realidade. Limito-me a tentar percebê-la a cada dia que passa, com a consciência de que nunca a irei conseguir compreender totalmente (dito assim até parece cliché), mas que aos poucos me adaptarei melhor a ela e tornarei a minha vivência mais apetecível, por assim dizer. Em analogia com o que acontece no nosso processo de auto-conhecimento. Aliás, serão processos perfeitamente indissociáveis, não?


Valerá de pouco pensar que somos superiores à realidade, ou que a podemos de alguma forma modificar. Um dia um amigo dizia-me que a melhor forma de evitar um icebergue nunca é com um navio a todo o gás contra ele, mas sim com um pequeno bote que trataria de o desviar. Concordo em parte, que é como quem diz que às vezes, poucas, também sou a favor de um bom safanão, se assim tiver que ser. Ou melhor, se essa for a melhor forma de lidar com a realidade. Se é que há...

Às vezes só temos mesmo que a (nos) perceber...

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Essa pequena coisa chamada felicidade...


Às vezes imaginamos a felicidade como aquela coisa inatingível, ou feita das grandes coisas, dos grandes projectos, das empreitadas fúteis que a nossa mente projecta como conquistas indispensáveis à nossa vida.

Às vezes pensamos que estamos sozinhos no mundo, que a nossa luta é tudo menos justa e que em última instância somos só nós e meia dúzia de problemas.

Às vezes questionámo-nos porque as coisas têm que ser sempre assim tão complicadas, quando nós parecemos tão simples.

E às vezes, como no sábado, damos conta que afinal as coisas não são tão complicadas, os problemas meros desafios e as grandes coisas meros adereços das pequenas, aquelas com verdadeiro significado. Damos conta que afinal temos os melhores amigos, a melhor família, os melhores colegas. E a melhor, mais fantástica, adorável namorada do mundo.

E de olhos marejados e sorriso genuíno, damos conta que afinal…até somos felizes.

E a ti obrigado por me mostrares a cada dia que passa o que é essa coisa que chamam de amor ;) ***

quinta-feira, novembro 04, 2010

(...)

Há dias em que pensamos que pura e simplesmente estamos fartos.
Hoje é um deles.

segunda-feira, novembro 01, 2010

quarta-feira, outubro 27, 2010

Reflexão de pé de chinelo

Um subconsciente cansado é capaz do mais curioso dos pensamentos. De repente ontem acordei a pensar como criar uma matriz dinâmica, carregada de camiões e distâncias em kms. Nada que me surpreenda, no fundo, quando a alternativa para ocupar a mente se baseia em hipocrisias, frustrações ou simples incompreensões. Não consigo evitar questionar-me se isto será sempre assim, um carrocel de emoções, uma atracção pela tristeza só porque a felicidade, por vezes, parece demasiado fugaz para se conseguir viver.

E esta reflexão terá que ser sempre assim, também, plena em subjectividade. Qualquer carácter objectivo, nos dias que correm, seria sempre um suicídio.

terça-feira, outubro 05, 2010

O belo anúncio da IKEA

Wow...belo anúncio...

domingo, outubro 03, 2010

Não esperaria mais das nuvens se as espremesse

Hoje acordou o Inverno. E a melancolia que o acompanha. Não deixa de haver uma pequena parte das nossas vísceras mais recônditas que o desejasse há tempo largo (não haviam saudades da camita ao som dos pingos?). Enquanto a chuva bate na vidraça e as árvores teimam em dançar o tango, entretenho-me com estas coisas do c++ e os seus erros irritáveis e ouço os Clinic, que me apraz descobrir. Mais para logo há-de haver música dos eighties para nos abanarmos incessantemente. Isso e meia dúzia de coisas para aclarar o ego e acalmar o dito stress do dia-a-dia, aquele que teima em receitar xanax para essa gente que anda por aí. Cada vez mais doida, ora por causa da austeridade, da crise ou simplesmente do graveto que já não chega para pagar a mensalidade do ginásio.

Continuo a recusar endoidecer. Ou deprimir. Se não se importam.